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Manutenção de software: garanta o funcionamento e a eficiência contínua

Manutenção de software: como garantir funcionamento e a eficiência contínua

Tanto os aplicativos móveis quanto os sistemas empresariais mais avançados demandam manutenção de software, necessitando de cuidados constantes para garantir o desempenho e funcionamento.

A pesquisa Transformação Digital para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) mostrou que 98% das organizações reconhecem o impacto positivo da tecnologia para resolver desafios e impulsionar os negócios.

A manutenção de software está diretamente relacionada à preservação, segurança, atualização e aprimoramento dos sistemas existentes.

Neste artigo, exploraremos em detalhes o conceito de manutenção de software, os diferentes tipos de manutenção, os processos envolvidos e a importância. Confira!

O que é manutenção de software?

A manutenção de software é o conjunto de atividades realizadas após a entrega do sistema para garantir seu bom funcionamento e atender às necessidades em constante evolução dos usuários. Envolve a correção de erros, adaptação a novas tecnologias, implementação de melhorias e prevenção de problemas futuros.

Para realizar essas atividades de manutenção, são utilizadas diversas ferramentas, técnicas e metodologias. Por exemplo, sistemas de controle de versão são usados para gerenciar e rastrear as alterações no código-fonte, enquanto ferramentas de depuração ajudam a identificar e corrigir erros no software.

Qual é a importância da manutenção de software?

A manutenção de software é uma etapa fundamental no ciclo de vida do desenvolvimento de software para que os sistemas permaneçam funcionais, confiáveis, seguros e eficientes ao longo do tempo.

Além disso, as necessidades dos usuários e do ambiente em que o software opera estão em constante evolução. Novos requisitos surgem, tecnologias são atualizadas e mudanças no mercado exigem que o software se adapte.

Outro aspecto é a melhoria contínua do software. Através da manutenção, é possível realizar modificações para manter a estabilidade do sistema e identificar oportunidades de otimização, seja na performance do código ou na utilização de recursos. 

De acordo com informações da Mechanical Orchard, as tecnologias legadas prejudicam a eficiência e restringem o crescimento em cerca de 88% das empresas. 

Sem uma manutenção adequada, os sistemas de software podem se tornar obsoletos ou incompatíveis com o ambiente no qual estão inseridos, o que pode resultar em falhas de funcionamento. 

Essas falhas podem impactar diretamente na cibersegurança da organização. Com as desatualizações, os sistemas apresentam vulnerabilidades que não foram corrigidas por meio de patches de segurança, afetando diretamente a perda de dados e custos reais.

Então, a manutenção de software é uma forma de assegurar a escalabilidade, o bom funcionamento, adaptabilidade, qualidade, segurança e durabilidade do sistema.

>> Veja também: Como funciona o ciclo de vida do desenvolvimento de software?

Quando fazer manutenção de software?

O melhor momento para realizar a manutenção de software depende da avaliação das necessidades e objetivos da organização. Lembrando que não é um evento único e sim, um processo de constante melhoria.

Aqui estão algumas situações em que é recomendado fazer a manutenção de software

Após a entrega do sistema 

Logo após a implantação do software, é comum realizar uma etapa de ajustes e correções para garantir que o sistema esteja funcionando corretamente e atendendo aos requisitos estabelecidos. 

A manutenção pós-implantação inclui a sustentação de sistemas para resolver problemas e realizar melhorias de desempenho durante o uso real do software, otimizando a velocidade e a utilização do mesmo.

Em intervalos regulares 

É uma boa prática estabelecer um cronograma de manutenção regular, mesmo na ausência de problemas aparentes. Isso ajuda a prevenir problemas antes que se tornem mais complexos e impactem a operação do sistema. 

Na identificação de falhas e bugs 

Sempre que erros ou defeitos forem encontrados no software, é importante agir rapidamente e realizar a manutenção necessária para corrigi-los. Isso evita que esses problemas afetem negativamente o desempenho do sistema ou causem prejuízos ao negócio. 

Quando novos requisitos ou funcionalidades são identificados 

À medida que as necessidades dos usuários evoluem ou novos recursos são solicitados, é recomendado atualizar o software para suportar novas tecnologias e melhorar o desempenho, usabilidade e segurança.

Após mudanças no ambiente 

Alterações no ambiente de operação do software, como atualizações de sistema operacional, novas versões de bibliotecas ou mudanças na infraestrutura de rede, podem exigir ajustes e atualizações na compatibilidade às novas condições.  

Caso aconteça eventos de segurança significativos

O relatório “O Futuro da Qualidade de Software” realizado pela Inmetrics revela que 20% das empresas não sabem como evoluir a organização de qualidade de software e que a segurança da informação é uma preocupação de 66%. 

Se ocorrerem violações de segurança ou se novas vulnerabilidades foram descobertas, é importante realizar atualizações de segurança para proteger o software contra ameaças cibernéticas.

>> Veja também: Como fazer um bom gerenciamento de um projeto de software

Quais são os tipos de manutenção de software?

A escolha no tipo de manutenção varia de acordo com o contexto, das necessidades específicas de cada software e fatores como o estado atual, as demandas dos usuários, as restrições de tempo e recursos.

Existem quatro tipos principais de manutenção de software, cada um com suas características e propósitos específicos. São eles:

Manutenção corretiva 

A manutenção corretiva é feita na correção de falhas ou problemas identificados no software após sua implementação. Esses problemas podem surgir devido a erros de programação ou mudanças no ambiente operacional. Exemplos práticos incluem:

  • Correção de bugs relatados pelos usuários após a entrega do software.
  • Solução de problemas de desempenho que afetam a funcionalidade do sistema.
  • Atualizações de segurança para corrigir vulnerabilidades descobertas após a implementação.

Manutenção preventiva 

É realizada de forma proativa, com o objetivo de evitar problemas futuros. Nesse tipo de manutenção, são realizadas atividades como monitoramento do sistema, atualização de componentes e revisão do código-fonte. O objetivo é identificar e resolver possíveis falhas antes que elas causem impacto no funcionamento do software. Exemplos práticos incluem:

  • Refatoração do código-fonte para melhorar a legibilidade e facilitar futuras atualizações.
  • Otimização de consultas de banco de dados.
  • Implementação de técnicas de segurança para proteção do software.

Manutenção adaptativa 

Essa manutenção serve para adaptar o software a mudanças no ambiente operacional. O objetivo é que o software esteja alinhado às necessidades atuais do negócio e do mercado. Exemplos práticos incluem:

  • Incorporar novos requisitos ou funcionalidades, atualização de tecnologias e a adaptação do software a novos sistemas. 
  • Ajustes no código-fonte para operar corretamente em novos dispositivos ou plataformas. 

Manutenção evolutiva 

A manutenção evolutiva é realizada para aprimorar o software ao longo do tempo. Ela envolve a incorporação de novas funcionalidades, melhorias de desempenho, otimização do código e aperfeiçoamentos na usabilidade. Exemplos práticos incluem:

  • Integração de um sistema de análise de dados para fornecer insights adicionais aos usuários.
  • Criação de novas telas e relatórios.
  • Atualização da interface do usuário.

Qual o custo da manutenção de software?

Uma pesquisa da Deloitte apresentou que 57% dos orçamentos tecnológicos nas empresas são alocados para apoiar as operações empresariais, em comparação com apenas 26% para financiar mudanças incrementais nos negócios e 16% para reforçar a inovação.

O custo da manutenção de software pode variar de acordo com diversos fatores, como a complexidade do sistema, o tamanho da aplicação, a tecnologia utilizada, a quantidade de funcionalidades e pela abordagem adotada.

Embora o custo possa ser considerado uma despesa adicional, é importante avaliar o impacto que a falta de manutenção pode ter no desempenho do software e nos processos de negócio.

Observe que algumas das principais consequências da falta de manutenção, como problemas de desempenho e vulnerabilidades de segurança, vão exigir investimentos para serem corrigidos. Como agravante, podem afetar negativamente as operações e resultados.

Então, o investimento da manutenção de software pode ser considerado estratégico para evitar problemas futuros, garantir a segurança, a performance e a atualidade do sistema, além de promover a satisfação dos usuários e a melhora nos processos.

 >> Veja também: 9 motivos para contratar uma software house

8 desafios da falta de manutenção de software

Se uma empresa não realizar a manutenção adequada do software, pode enfrentar uma série de dificuldades que afetarão negativamente suas operações e resultados, que incluem:

Problemas de desempenho 

À medida que o software envelhece e não é devidamente mantido, podem surgir problemas de desempenho, como travamentos e tempo de resposta prolongado, afetando a produtividade dos usuários e a parte operacional da empresa. 

Vulnerabilidades de segurança 

Segundo o relatório de 2019, realizado pela International Business Machines Corporation (IBM), o custo de uma invasão de dados aumentou 12% nos últimos 5 anos, passando para US$ 3,92 milhões, em média.  

Softwares desatualizados e sem manutenção estão mais suscetíveis a vulnerabilidades de segurança. Isso pode abrir brechas para ataques cibernéticos, vazamento de dados e comprometimento da privacidade dos usuários e clientes.

Falta de adaptação às mudanças 

Os sistemas de software podem se tornar obsoletos e não acompanhar as necessidades em constante evolução da empresa e do mercado. Isso pode dificultar a adaptação a novas regulamentações, tecnologias emergentes e demandas dos clientes. 

Altos custos de correção 

A falta de manutenção regular do software pode levar a problemas acumulados ao longo do tempo. Quando esses problemas se acumulam, a correção e a resolução dos mesmos podem exigir investimentos significativos de recursos e tempo, resultando em custos mais elevados para a empresa a longo prazo. 

Impacto na reputação e satisfação do cliente 

Problemas recorrentes no software podem afetar a experiência do cliente e levar à insatisfação. Interrupções no serviço, dificuldades de uso e lentidão podem levá-los a buscar outras alternativas, resultando na perda de clientes e danos à reputação da empresa. 

Dificuldades na integração 

Com a evolução das tecnologias e a necessidade de integração de sistemas, a falta de manutenção do software pode tornar difícil a sua compatibilidade e interoperabilidade com outras soluções. Isso pode limitar as capacidades da empresa e dificultar a colaboração e o compartilhamento de dados entre diferentes sistemas. 

Queda na produtividade 

Software desatualizado ou com problemas de desempenho pode afetar diretamente a produtividade dos funcionários. Lentidão, travamentos frequentes e dificuldades de uso podem resultar em perda de tempo e recursos, impactando negativamente a eficiência operacional da empresa. 

Perda de competitividade e inovação 

Software desatualizado ou inflexível pode dificultar a adoção de novas tecnologias e a implementação de inovações na empresa. Isso limita a capacidade da empresa de acompanhar as mudanças no mercado e pode impactar sua agilidade e capacidade de resposta às demandas dos clientes. 

>> Veja também: 7 desafios da TI que impedem o crescimento da sua empresa

Por onde começar a manutenção de software?

Como você observou até aqui, a manutenção de software é essencial para garantir a qualidade, estabilidade e segurança dos sistemas. Através da manutenção, é possível corrigir falhas, melhorar o desempenho, adicionar novas funcionalidades, ajustar o software às mudanças do ambiente e garantir a satisfação dos usuários. 

Para iniciar a manutenção de software, é possível utilizar algumas ferramentas de apoio, como o Ciclo PDCA. Essa abordagem sistemática permite identificar problemas no software existente durante a fase de verificação. 

A partir disso, é possível planejar as ações corretivas necessárias, definindo claramente os objetivos de melhoria e os recursos necessários para alcançá-los. 

Em seguida, executar as atividades de manutenção, de acordo com as prioridades estabelecidas e documentar todas as informações relevantes, como requisitos, arquitetura, fluxos de trabalho e dependências.

Além disso, você pode considerar ter a experiência de profissionais especializados para avaliar e tomar decisões adequadas em relação à manutenção.

Gostou do conteúdo? Descubra como a sustentação de sistemas é importante para  a sua empresa.

Formado em Sistemas de Informação, com MBA, Liderança, Inovação e Gestão 3.0, é, atualmente, diretor de operações da Lyncas. Atua estrategicamente para sustentar o crescimento de empresas por meio da excelência operacional, focando na otimização de custos e recursos e na performance das entregas.