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Implantação de software: do planejamento à execução

Implantação de software - Blog da Lyncas

A implantação de software é o processo de instalar, configurar e disponibilizar um sistema para uso prático em ambientes operacionais específicos.  

Uma pesquisa feita pela Harvard Business Review (HBR), aponta que 70% dos projetos de TI são entregues fora do prazo e do custo. Uma tendência preocupante, o que pode impactar negativamente a eficiência e a rentabilidade das organizações. 

A seguir exploraremos em detalhes as principais etapas da implantação de software, abordando os objetivos, atividades e considerações em cada uma delas. Confira!

Para que serve a implantação de software? 

A implantação de software é utilizada para transformar o projeto de desenvolvimento em uma solução funcional e acessível, desde a preparação do ambiente até a instalação e configuração do software no momento que esteja pronto para uso.

Ao implantar um software, as funcionalidades devem responder às necessidades do usuário, oferecendo recursos e funcionalidades que o ajude a realizar as tarefas de maneira prática. Muitas vezes, é usado para automatizar processos, eliminando tarefas constantes e aumentando a produtividade da organização.

Para uma tomada de decisão facilitadora, os sistemas implantados podem ser conectados a uma ferramenta de BI para coletar, analisar e apresentar dados relevantes, auxiliando na tomada de decisão.

Como funciona na prática?

Na prática, a implantação de software é uma série de etapas que são executadas para confirmar a instalação, configuração e disponibilidade para uso de maneira adequada. Abaixo está uma visão geral do processo da implantação de software:

Planejamento

Planejar a implantação de software assegura que a transição para um novo sistema ocorra de forma eficiente e com menos risco de problemas. Uma vez que os requisitos tenham sido selecionados e compreendidos, é preciso definir os passos de cada etapa. 

  • Identificação de necessidades: Compreender as necessidades da organização e dos usuários finais para que o software atenda aos requisitos operacionais e estratégicos.
  • Definição de objetivos: Colocar metas definidas, prazos, orçamentos e critérios de sucesso.
  • Adaptação de sistemas existentes: Neste momento, você planejará a migração de dados e adaptação dos colaboradores. Durante esse tempo podem surgir questionamentos que servirão de base para treinamentos e subsídio para a construção de um FAQ (Frequently Asked Questions).

As empresas podem optar pela abordagem da Estrutura Analistica do Projeto (EAP), como ferramenta para facilitar o processo de implantação de software. Usada para organizar as atividades do projeto em tarefas menos e mais gerenciáveis, descrevendo seus responsáveis e prazos.

Para criar uma EAP é preciso seguir os seguintes passos:

  • Mapeie os requisitos do projetos;
  • Monte o termo de abertura do projeto e escopo;
  • Crie a EAP;
  • Revise a EAP com as partes interessadas.

Preparação

Nesta etapa, é possível executar a implantação de forma mais apropriada. Isso inclui a alocação de recursos, a definição de cronogramas realistas e a identificação de dependências críticas que precisam ser gerenciadas.

  • Infraestrutura: Preparar o ambiente de implantação, hardware, rede e sistemas operacionais para suportar o software.
  • Instalação: Instalar o software nos servidores ou dispositivos de acordo com as especificações do cliente e as melhores práticas de segurança.
  • Configuração inicial: Configurar o software com base nas características específicas da organização, com definições de usuários, permissões e integrações com outros sistemas.

Testes

Os testes permitem corrigir eventuais problemas e bugs, falhas de integração, incompatibilidade e estabilidade de sistema que podem impactar negativamente o funcionamento do software.

  • Testes de aceitação: Averiguar se o software atende aos requisitos funcionais e de desempenho estabelecidos durante a fase de planejamento.
  • Testes de integração: Verificar a interoperabilidade do novo software com os outros já existentes e aplicativos que podem estar em uso na organização.
  • Testes de segurança: Avaliar a segurança do software contra  vulnerabilidades potenciais antes da implantação para assegurar a integridade do sistema.

Implantação

Durante a implantação de software, o sistema é instalado, configurado e testado em um ambiente de produção ou em ambiente que simule as condições reais de uso.

  • Lançamento gradual: Implementar o software em fases ou em base de usuários limitada para minimizar o impacto de problemas e interrupções.
  • Treinamento de usuários: Fornecer treinamento e suporte aos usuários finais para que fiquem familiarizados com o novo software e possam utilizá-lo.
  • Migração de dados: Transferir dados relevantes de sistemas anteriores para o novo software, garantindo integridade e consistência.

Pós-implantação

A pós-implantação é o período que sucede a finalização da implantação de software. Esta etapa é crítica no ciclo de vida do software, com uma  variedade de atividades, voltadas para assegurar seu funcionamento após a inserção no ambiente operacional.

  • Suporte contínuo: A sustentação de sistemas fornece suporte técnico ou manutenção aos usuários após a implantação, solucionando problemas, monitoramento de desempenho, correção de erros e atualizações conforme necessário.
  • Avaliação de desempenho: Avaliar regularmente a performance e a eficácia do software em relação aos objetivos estabelecidos.
  • Melhoria contínua: Realizar ajustes, atualizações e melhorias no software com base no feedback dos usuários e nas mudanças organizacionais.

3 passos para uma implantação de software de sucesso

Seguir os passos da implantação de software não só eleva as chances de sucesso do projeto, como também estabelece uma estrutura organizada. Para isso, os 3 pilares abaixo precisam estar interligados.

Pessoas

As pessoas são um dos principais fatores de sucesso na implantação de software. Envolver os colaboradores desde o início do processo, comunicar claramente os benefícios do novo software e fornecer treinamento adequado são formas de proporcionar maior adesão no uso da ferramenta.

Muitas vezes, um novo sistema gera mudanças nos processos de trabalho e na cultura organizacional. Uma gestão de mudança contribui para identificar resistências e promover aprendizado contínuo. 

Processos

O processo é vivo! Isso significa que, seja ele de qualquer natureza, está sujeito a mudanças, evolução e adaptação ao longo do tempo, não é estatístico, mas sim, dinâmico e interativo. 

Os processos são fluxos de trabalho e procedimentos que permitem que a empresa atinja seus objetivos, com uma operação em todas as áreas funcionais.

Antes da implantação do software, analisar e redesenhar os processos de negócios com base em novas informações e avanços, garante que estejam alinhados com as melhores práticas e possam ser suportados pelo sistema.

Tecnologia

Ao escolher a tecnologia, é importante fazer uma avaliação cuidadosa das opções disponíveis, considerando funcionalidade, escalabilidade e compatibilidade com os sistemas existentes.

Dependendo da escolha tecnológica, o sistema pode tornar-se ultrapassado, deixando você com uma tecnologia defasada e com dificuldades de encontrar profissionais para promover a sustentabilidade do mesmo. 

Alocar profissionais para sustentar um sistema, resulta em melhorias nos processos e na qualidade do código. A colaboração pode levar a transformação do sistema, seja ele web ou on-premise, tornando-o mais resistente e ágil para atender as demandas. 

5 obstáculos comuns no processo de implantação de software

Os projetos de software podem enfrentar uma série de dificuldades ao longo do ciclo de desenvolvimento. No entanto, alguns obstáculos irão aparecer dependendo das necessidades do negócio e dos clientes.

  1. Escopo: Um dos problemas mais comuns é o escopo mal definido. Quando os requisitos iniciais não são claros ou estão sujeitos a interpretações diferentes, poderá levar a mudanças, atrasos e custos adicionais.
  2. Risco orçamentário: O processo de implantação de software muitas vezes pode exceder o orçamento previsto devido a uma variedade de fatores, como a necessidade de adquirir hardware adicional, contratar parceiros externos para assistência técnica, ou mesmo revisões e ajustes durante o processo de implementação.  
  3. Comunicação com stakeholders: A comunicação desajustada entre as partes interessadas envolvidas no processo de implantação pode levar a mal-entendidos, expectativas não atendidas e atrasos na implementação de software. Para manter todas as partes alinhadas com os objetivos do projeto, é essencial escolher os canais de comunicação para os diferentes tipos de mensagens, como e-mails, reuniões, videoconferências, aplicativos de mensagens e ferramentas de gestão de projeto.
  4. Configuração: Se o software não for configurado corretamente para atender às solicitações da organização, pode levar a problemas de desempenho ou funcionalidade.  É fundamental garantir a qualidade do software implantado para evitar problemas futuros. 
  5. Segurança da informação: A segurança dos dados é uma preocupação crítica, vulnerabilidades de segurança podem surgir durante a implementação, especialmente se não forem tomadas medidas para proteger os sistemas contra ameaças cibernéticas.

Por que optar por uma fábrica de software?

A empresa que enfrenta prazos apertados,  uma demanda repentina por novos produtos ou atualizações do sistema, pode considerar estratégico contratar uma fábrica de software que  ajudará a acelerar os projetos por meio de processos otimizados.

Neste método, o desenvolvimento de software é tratado como um processo sistemático e repetitivo, onde projetos são conduzidos seguindo o conjunto de etapas bem definidas. 

Além disso, ao selecionar a fábrica de software, a empresa  pode manter o foco em suas principais competências e objetivos de negócios. Isso permite direcionar o foco para áreas estratégicas, enquanto deixam o desenvolvimento de software nas mãos de especialistas. 

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Formado em Sistemas de Informação, com MBA, Liderança, Inovação e Gestão 3.0, é, atualmente, diretor de operações da Lyncas. Atua estrategicamente para sustentar o crescimento de empresas por meio da excelência operacional, focando na otimização de custos e recursos e na performance das entregas.