Tecnologia na saúde: Benefícios, desafios e tendências

Tecnologia na saúde: Benefícios, desafios e tendências

A pandemia da Covid-19 acelerou significativamente a adesão da tecnologia na saúde. O que antes parecia pertencer apenas ao mundo dos filmes futuristas, como atendimentos via telemedicina, prontuários eletrônicos, realidade aumentada e análise de dados globais, agora se tornou uma realidade indispensável.

A aderência da tecnologia na saúde diz respeito à adoção e implementação de tecnologias digitais com o objetivo de melhorar e aprimorar os serviços de saúde, a prestação de cuidados, a coleta e o gerenciamento de dados, a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, e a experiência geral dos pacientes.

Neste artigo, serão apresentados os diversos benefícios da adoção da tecnologia na saúde. Além disso, serão abordadas as principais tendências e desafios enfrentados nesse processo. Será possível compreender como a transformação digital pode impactar de forma positiva os hospitais, otimizando processos, introduzindo inovações, aumentando a agilidade e proporcionando maior satisfação aos pacientes.

6 Benefícios da Tecnologia na Saúde

A tecnologia na saúde traz consigo uma série de benefícios significativos para o setor. Um exemplo prático é o uso da internet, que facilita o compartilhamento de arquivos e reduz, em muitos casos, a necessidade de deslocamentos desnecessários dos pacientes até as clínicas. Além disso, o uso de novas tecnologias na área da saúde diminui a demanda por investimentos em prevenção, consultas, exames e até mesmo tratamentos.

A seguir, apresentamos seis benefícios da adoção da tecnologia na saúde:

Melhoria na qualidade dos cuidados

Um artigo publicado no The Economist informa que com o avanço das tecnologias, como smartphones, as pessoas têm a capacidade de monitorar sua própria saúde de maneira mais conveniente. No entanto, essa possibilidade se expande ainda mais quando se adicionam dois ingredientes cruciais: acesso aos registros médicos pessoais e a facilidade de compartilhar essas informações com pessoas de confiança. Essa combinação não apenas reduz ineficiências no tratamento individual, mas também fornece dados valiosos para o aprimoramento de algoritmos médicos. Dessa forma, o paciente se torna um participante ativo em seu próprio cuidado, enquanto contribui para o avanço da medicina através do compartilhamento de informações relevantes.

Além disso, o uso de tecnologias como inteligência artificial e análise de dados auxilia na tomada de decisões clínicas, levando a diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes.

Maior acesso aos serviços de saúde

A telemedicina é um dos aspectos-chave da transformação digital na saúde. Ela permite que os pacientes recebam atendimento médico e orientações remotamente, superando as barreiras geográficas e proporcionando acesso a serviços de saúde mesmo em áreas remotas. Isso é especialmente benéfico para pacientes com mobilidade limitada, idosos e pessoas que vivem em regiões carentes de recursos médicos.

Redução de custos

A tecnologia desempenha um papel fundamental na redução de custos no setor da saúde. A digitalização de processos e a adoção de soluções tecnológicas têm o potencial de otimizar as operações e gerar economia de recursos, resultando em uma gestão mais eficiente e financeiramente sustentável.

Um dos benefícios da tecnologia na saúde é a otimização de processos administrativos. Com a transição para sistemas eletrônicos de registro e gestão, há uma diminuição significativa no uso de papel e na necessidade de realizar tarefas manuais. Isso economiza tempo, reduz a burocracia e elimina erros humanos decorrentes da entrada de dados manual. A automação de tarefas rotineiras também permite que a equipe médica e administrativa foque em atividades de maior valor agregado.

Além disso, a tecnologia na saúde proporciona maior controle e eficiência no gerenciamento de recursos. Por meio de sistemas de gestão e monitoramento, as instituições de saúde podem ter uma visão clara e em tempo real do estoque de medicamentos e materiais médicos. Isso evita a falta ou o excesso de suprimentos, reduzindo desperdícios e gastos desnecessários. A capacidade de rastrear e controlar os recursos de forma precisa contribui para uma gestão mais eficiente e economia de custos.

A telemedicina e as consultas online também desempenham um papel importante na redução de custos como um impacto da tecnologia na saúde. Ao permitir que os pacientes sejam atendidos remotamente, sem a necessidade de deslocamentos físicos, há economia de tempo e recursos associados a viagens e infraestrutura física. Isso é especialmente benéfico para pacientes que vivem em áreas rurais ou com acesso limitado aos serviços de saúde. Além disso, a telemedicina também permite um melhor gerenciamento de pacientes crônicos, reduzindo hospitalizações desnecessárias e os custos associados a essas internações.

A análise de dados e a inteligência artificial são ferramentas poderosas que podem identificar padrões, tendências e insights valiosos na área da saúde. Ao utilizar essas tecnologias na saúde, é possível otimizar os tratamentos, prever complicações e melhorar os resultados clínicos. Isso pode reduzir custos a longo prazo, evitando tratamentos desnecessários e garantindo uma abordagem mais personalizada e eficaz.

Melhoria na tomada de decisões 

A transformação digital na saúde tem um impacto significativo na melhoria da tomada de decisões tanto para clínicas quanto para hospitais. Ao incorporar tecnologias avançadas e ferramentas de análise de dados, os profissionais de saúde têm acesso a informações valiosas e insights que podem auxiliá-los na tomada de decisões mais precisas, eficientes e personalizadas. Abaixo destacam-se estão algumas maneiras pelas quais a adesão a tecnologia de análise de dados na saúde contribui para essa melhoria:

  • Acesso rápido a registros eletrônicos de saúde (EHRs): Com a adoção de registros eletrônicos de saúde, os profissionais de saúde têm acesso instantâneo ao histórico completo do paciente, incluindo exames anteriores, tratamentos realizados, alergias e condições médicas preexistentes. Isso possibilita uma visão holística do paciente, facilitando a identificação de padrões e a compreensão de sua saúde geral.
  • Análise avançada de dados: A transformação digital permite a análise de grandes volumes de dados de saúde por meio de ferramentas de inteligência artificial e aprendizado de máquina. Essas tecnologias podem identificar padrões e tendências que seriam difíceis de serem percebidos pelo olhar humano, fornecendo insights valiosos para a tomada de decisões clínicas.
  • Diagnósticos mais precisos: Com o auxílio da análise de dados e algoritmos avançados, os profissionais de saúde podem obter diagnósticos mais precisos e rápidos. A combinação de informações clínicas do paciente com dados epidemiológicos e informações médicas de uma ampla base de pacientes pode ajudar na identificação de sintomas incomuns, doenças raras ou padrões de comportamento que indicam uma determinada condição médica.
  • Personalização do tratamento: A tecnologia na saúde também possibilita que sejam oferecidos aos pacientes tratamentos mais personalizados.. Com base nos dados e informações coletadas, é possível selecionar as terapias mais adequadas para cada indivíduo, levando em consideração suas características genéticas, histórico médico e estilo de vida.
  • Prevenção e cuidados proativos: A análise de dados pode ajudar a identificar fatores de risco em pacientes antes mesmo de os sintomas se manifestarem. Isso possibilita a adoção de medidas preventivas e o encaminhamento para exames específicos para detecção precoce de doenças, o que pode melhorar significativamente os resultados do tratamento.
  • Suporte à decisão clínica: A transformação digital na saúde pode fornecer aos profissionais de saúde ferramentas interativas e de apoio à decisão clínica. Essas ferramentas sugerem opções de tratamento com base em evidências científicas, interações medicamentosas, protocolos clínicos atualizados e diretrizes médicas, facilitando a escolha da abordagem mais adequada para cada paciente.

Engajamento e empoderamento do paciente

O uso de tecnologia na saúde capacita os pacientes a se envolverem ativamente com seu próprio bem-estar. Aplicativos móveis de saúde, dispositivos vestíveis e portais de pacientes permitem que as pessoas monitorem seus indicadores de saúde, acompanhem seu progresso e tenham acesso a informações educacionais. Isso promove o autocuidado, a prevenção de doenças e uma maior conscientização sobre a saúde.

Avanços em pesquisa e inovação 

A tecnologia na saúde abre portas para avanços significativos na pesquisa médica e na inovação de tratamentos. A coleta e o compartilhamento de grandes volumes de dados de saúde possibilitam a identificação de padrões, tendências e novos insights, impulsionando a descoberta de novas terapias e abordagens de tratamento.

A adesão de tecnologias na saúde melhoram a qualidade dos cuidados, amplia o acesso aos serviços de saúde, reduz custos, facilita a tomada de decisões clínicas, empodera os pacientes e impulsiona a pesquisa e a inovação no setor da saúde.

Tendências da Transformação digital na saúde Blog Lyncas

Quais são as principais tendências da Transformação Digital na Saúde

A transformação digital e a inovação em saúde são essenciais para os CIOs nesta era de mudanças rápidas impulsionadas pela pandemia de COVID-19. A demanda digital continua a crescer devido à necessidade de saúde pública, mudanças competitivas e novas preferências dos consumidores.

O Instituto Gartner, nesse contexto, recomenda a adoção de medidas estratégicas para garantir o sucesso da transformação digital em suas organizações. Abaixo segue a lista de recomendações:

  1. Aproveite as oportunidades digitais proporcionadas pela pandemia, garantindo que o modelo operacional e de negócios sejam flexíveis e adaptáveis às novas demandas.
  2. Estimule a inovação em toda a empresa, investindo em aplicações de saúde emergentes e arquiteturas de dados que permitam uma rápida adoção de novas tecnologias.
  3. Construa uma base sólida para o suporte às iniciativas tecnológicas, implementando recursos-chave como APIs e uma arquitetura de análise digital.
  4. Prepare a organização para as mudanças tecnológicas constantes, alinhando as equipes de negócios, clínicas e de TI, para trabalharem em conjunto com agendas e investimentos alinhados.
  5. Supere as barreiras de conformidade e confiança na adoção de tecnologias, estabelecendo um comitê de ética e dados para definir políticas claras de governança para o uso de capacidades futuras.
  6. Priorize a experiência total diferenciada (TX) para os empregados e consumidores, utilizando um conselho consultivo para obter perspectivas valiosas e garantir jornadas compartilhadas bem-sucedidas.

A adoção efetiva dessas diretrizes permitirá que as organizações de saúde e ciências da vida prosperem em um ambiente em constante mudança, oferecendo melhores serviços aos consumidores e permanecendo competitivas no mercado. A transformação digital é uma jornada contínua, mas com um planejamento estratégico sólido e a colaboração adequada, os CIOs podem liderar suas organizações rumo ao sucesso.

 

“A criatividade é pensar coisas novas. A inovação é fazer coisas novas.”

Theodore Levitt

 

Telemedicina e saúde digital

A telemedicina tem ganhado destaque como uma das principais tendências de tecnologia na saúde digital. Consultas médicas remotas, monitoramento à distância, aconselhamento virtual e interações com pacientes através de plataformas digitais tornaram-se mais comuns, permitindo o acesso aos cuidados de saúde de forma rápida e conveniente, independentemente da localização geográfica.

Inteligência artificial e aprendizado de máquina

A utilização de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina tem crescido na saúde. Essas tecnologias na saúde são aplicadas em análise de dados médicos, diagnósticos, previsão de doenças, personalização de tratamentos, identificação de padrões clínicos e identificação de novas terapias. A IA contribui para uma tomada de decisão clínica mais precisa e eficiente.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP utiliza inteligência artificial em testes que oferecem suporte ao diagnóstico de diversas condições, tais como câncer de mama, nódulos pulmonares e fraturas. Adicionalmente, está em fase de desenvolvimento uma plataforma que emprega algoritmos para triagem de lesões e tumores no fígado em exames de imagem, com a finalidade de disponibilizar essa ferramenta e reduzir o tempo de espera por resultados na rede pública.

Segundo Alexandre Chiavegatto Filho, professor de inteligência artificial em saúde na Faculdade de Saúde Pública da USP, em entrevista para a Folha de São Paulo, “ainda estamos na pré-história da inteligência artificial na saúde”. Destancando como ainda é possível aprimorar o uso dessa tecnologia na saúde.

Medicina de precisão

A medicina de precisão utiliza informações genéticas e moleculares para personalizar o tratamento de cada paciente com base em suas características individuais. Com a combinação de dados genéticos, clínicos e ambientais, os médicos podem identificar terapias e tratamentos mais adequados para cada pessoa, otimizando os resultados e evitando abordagens genéricas.

Internet das Coisas (IoT) e dispositivos vestíveis

A Internet das Coisas (IoT) está presente na saúde através de dispositivos vestíveis, sensores e dispositivos médicos conectados. Esses dispositivos permitem o monitoramento contínuo dos sinais vitais e outras informações de saúde, permitindo uma intervenção precoce em caso de variações ou emergências, além de possibilitar o autocuidado do paciente.

Realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA)

A Realidade Virtual e a Realidade Aumentada estão sendo cada vez mais utilizadas em treinamentos médicos, simulações cirúrgicas e terapias de reabilitação. Essas tecnologias na saúde oferecem uma experiência mais imersiva e interativa, permitindo que os profissionais adquiram habilidades mais rapidamente e proporcionando novas formas de tratamento e acompanhamento de pacientes.

Num recorte mundial, o Instituto Gartner apresenta também onde as empresas estão investindo em tecnologia na saúde, participaram empresas provedores de serviços de saúde, operadoras de planos de saúde e também empresas ligadas a Ciências da Vida (Science Life) que compreende aquelas que operam na pesquisa, desenvolvimento e fabricação de produtos farmacêuticos, alimentos de base biotecnológica.

Na imagem abaixo, você pode perceber que há grandes investimentos em infraestrutura na nuvem, a orquestração de contêineres que proporciona uma automação altamente eficiente do esforço operacional exigido para executar com facilidade cargas de trabalho e serviços em contêineres, cibersegurança, integração de sistemas, Inteligência Artificial e Machine Learning, Experiência total, para clientes e colaboradores, trabalho digital e os CIO’s entrevistados responderam, hiper automação.

O Uso de Tecnologia nos Hospitais

Uso de tecnologias nos hospitais - Blog Lyncas

 

Helena sofria de uma doença cardíaca congênita complexa que exigia cirurgia cardíaca de alto risco. Aos dois anos os pais da menina descobriram que ela precisaria passar por uma cirurgia de alta complexidade que só estava disponível em São Paulo, o que custaria uma alta quantia de dinheiro só para a deslocação. 

Os pais da menina foram convidados para participar de um projeto pioneiro do Hospital Universitário e Instituto do Coração que visa realizar cirurgias à distância. Guilherme Rabello,  head de inovação do InovaInCor, explica que para que isso fosse possível, dois centros cirúrgicos foram equipados com tecnologias de colaboração, videomonitoramento, óculos inteligentes e IoT: um no próprio InCor e outro no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís.

A operação foi um sucesso extraordinário e salvou a vida de Helena e de mais 10 outras crianças que também participaram do programa. Graças à tecnologia avançada e à colaboração, ela teve acesso a um tratamento que antes parecia inatingível.

A história de Helena é um exemplo das muitas que surgiram sobre o uso da tecnologia na saúde. A transformação digital em hospitais é disruptivo e importante na área da saúde. Essas inovações têm o potencial de melhorar o atendimento ao paciente, a eficiência operacional, o diagnóstico e o tratamento médico.

Como já vimos, algumas das principais aplicações tecnológicas em hospitais incluem sistemas de informação hospitalar, prontuário eletrônico do paciente, telemedicina, dispositivos médicos avançados, inteligência artificial, robótica cirúrgica, Internet das Coisas, realidade virtual e aumentada, aplicativos móveis de saúde e segurança cibernética.

O uso adequado dessas inovações pode trazer benefícios significativos, mas é fundamental garantir a segurança e respeitar a privacidade dos pacientes durante a implementação.

Experiência do paciente X tecnologia na saúde

A tecnologia na saúde tem causado um impacto significativo, revolucionando a experiência do paciente de maneiras notáveis, tal qual o exemplo da Helena apresentado. Com o avanço das tecnologias, os hospitais e profissionais de saúde estão se adaptando a uma nova era de cuidados médicos, onde a integração de sistemas digitais e dispositivos inovadores tem proporcionado uma série de benefícios aos pacientes.

Uma das principais melhorias trazidas pela transformação digital é o acesso facilitado a informações médicas. Antigamente, os registros médicos eram mantidos em papel, o que dificultava o compartilhamento e a atualização desses dados entre diferentes profissionais de saúde. Hoje, com a adoção de sistemas de prontuário eletrônico e plataformas de saúde digital, os pacientes têm acesso instantâneo ao seu histórico médico, resultados de exames e planos de tratamento. Essa transparência empodera o paciente, permitindo que ele acompanhe sua própria saúde e compreenda melhor suas condições médicas.

A telemedicina é outra tendência de inovação que tem revolucionado a experiência do paciente. Com o uso de tecnologias de comunicação, os hospitais podem realizar consultas médicas remotas, conectando pacientes e médicos mesmo a grandes distâncias. Isso é especialmente benéfico para aqueles que vivem em áreas remotas ou têm dificuldades de mobilidade. A teleconsulta não apenas torna os cuidados médicos mais acessíveis, mas também reduz o tempo de espera para consultas e atendimentos.

A Internet das Coisas (IoT) e dispositivos médicos avançados têm desempenhado um papel importante na transformação digital da saúde. Com dispositivos conectados, os pacientes podem ser monitorados de forma contínua e em tempo real, permitindo que os profissionais de saúde detectem precocemente quaisquer alterações em seu estado de saúde. Isso é especialmente relevante para pacientes com doenças crônicas, pois permite um gerenciamento mais eficiente e intervenções oportunas para evitar complicações.

Um exemplo prático e inovador é a parceria estabelecida entre a Samsung e o renomado Instituto do Coração (Incor) para o monitoramento remoto de pacientes que se submeteram a cirurgias cardíacas.

A proposta revolucionária consiste no desenvolvimento de uma plataforma de telemonitoramento digital assistido, utilizando os avançados smartwatches Galaxy Watch4 para aferir e coletar dados de pacientes cardiopatas nos períodos pré-operatório e pós-operatório de cirurgias cardiovasculares. O estudo será focado na análise dos principais sinais vitais dos pacientes, como frequência cardíaca, pressão sanguínea, saturação de oxigênio, padrão do sono e eletrocardiograma.

Esse projeto pioneiro permitirá o acompanhamento contínuo dos pacientes em relação ao tratamento, identificando prontamente qualquer alteração relevante e, consequentemente, possibilitando intervenções antecipadas. Com isso, pretende-se evitar complicações mais graves e proporcionar cuidados mais eficazes.

A inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina também estão revolucionando a experiência do paciente. Essas tecnologias têm a capacidade de analisar grandes conjuntos de dados médicos e identificar padrões e tendências que podem auxiliar no diagnóstico precoce de doenças, prever riscos à saúde e personalizar tratamentos para cada paciente individualmente. Isso não apenas melhora a eficácia dos tratamentos, mas também reduz erros médicos e aumenta a segurança dos pacientes.

Além disso, a transformação digital tem permitido o desenvolvimento de aplicativos móveis de saúde que fornecem informações, dicas e ferramentas para os pacientes gerenciarem sua própria saúde. Esses aplicativos facilitam o agendamento de consultas, oferecem lembretes de medicamentos, acompanham a evolução de doenças crônicas e incentivam a adoção de hábitos saudáveis.

A tecnologia na saúde também pode se dar por meio da implementação de sistemas hospitalares e prontuários eletrônicos, a coordenação dos cuidados e a eficiência administrativa também melhoraram. Os profissionais de saúde têm acesso imediato a informações importantes, evitando duplicações de exames e reduzindo a burocracia. Isso resulta em um atendimento mais eficiente e em uma experiência mais positiva para os pacientes.

 

9 desafios da tecnologia na saúde

Desafios da tecnologia na saúde - Blog Lyncas

Para a empresa excelente, a inovação é a única coisa permanente.

Tom Peters

A transformação digital é um processo complexo que visa utilizar a tecnologia na saúde para melhorar a eficiência, qualidade e acessibilidade dos serviços. Embora ofereça inúmeras oportunidades, também apresenta alguns desafios significativos. Aqui estão alguns dos principais desafios da tecnologia na saúde:

1. Privacidade e segurança dos dados

A digitalização de informações médicas e dados de pacientes cria a necessidade de garantir a privacidade e segurança dessas informações. A proteção contra violações de dados e ataques cibernéticos é uma preocupação constante para os gestores da saúde.

2. Integração de sistemas e interoperabilidade

A saúde envolve uma ampla variedade de sistemas e dispositivos, e a falta de interoperabilidade entre eles pode dificultar o compartilhamento de informações cruciais para o cuidado do paciente. A integração de sistemas e a padronização de formatos são essenciais para uma transformação digital bem-sucedida.

3. Aceitação e adaptação dos profissionais de saúde

A implementação de novos processos e tecnologias na saúde exige uma mudança cultural e aceitação dos profissionais envolvidos. Alguns podem resistir à mudança ou enfrentar dificuldades ao utilizar novas ferramentas e sistemas.

4. Acesso e inclusão digital

Nem todos os pacientes têm acesso igualitário à tecnologia, especialmente em áreas rurais ou comunidades com recursos limitados. A inclusão digital é fundamental para garantir que todos os pacientes possam se beneficiar da transformação digital na saúde.

5. Regulamentação e conformidade

No Brasil, assim como em muitos outros países, a regulamentação e conformidade no setor de saúde são aspectos cruciais a serem considerados durante a transformação digital. Algumas das principais questões relacionadas à regulamentação e conformidade no contexto brasileiro incluem:

  • Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): A LGPD entrou em vigor no Brasil em setembro de 2020 (Lei 13.709) e estabelece diretrizes para a coleta, tratamento e proteção de dados pessoais, incluindo informações de saúde dos pacientes. As instituições de saúde devem estar em conformidade com essa lei para garantir a privacidade e segurança dos dados dos pacientes.
  • Lei 14.510: A prática da telessaúde, que engloba a prestação remota de serviços relacionados a todas as profissões da área da saúde, regulamentadas pelos órgãos competentes do Poder Executivo Federal, foi inicialmente autorizada em caráter emergencial no Brasil durante a pandemia de covid-19 (Lei 13.898). Em dezembro de 2022, o processo de regulamentação foi consolidado para implementação de forma permanente e segura.
  • Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP): O uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (Lei 13.787) é uma tendência crescente no Brasil. No entanto, seu uso requer aderência a certos padrões e regulamentações para garantir a integridade dos dados e o acesso seguro aos registros médicos.
  • Anvisa e regulamentação de dispositivos médicos: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por regulamentar e autorizar o uso de dispositivos médicos no Brasil. A incorporação de tecnologias inovadoras na área da saúde requer a devida aprovação e conformidade com as normas estabelecidas pela agência.
  • Interoperabilidade entre sistemas de saúde: A troca segura de informações de saúde entre diferentes instituições é um desafio no Brasil, pois nem sempre os sistemas de saúde são interconectados ou compatíveis. A falta de padronização pode dificultar a integração de dados e o compartilhamento de informações relevantes para o cuidado do paciente.
  • Compliance financeiro: Além das questões relacionadas à proteção de dados, a transformação digital na saúde também pode implicar em conformidade com as normas financeiras, especialmente quando se trata de faturamento, reembolso e práticas contábeis.

 

O governo brasileiro e as instituições de saúde têm trabalhado arduamente para enfrentar esses desafios e garantir que a transformação digital no setor de saúde seja realizada de forma ética, segura e em conformidade com as regulamentações aplicáveis. A adoção de tecnologias digitais no Brasil tem o potencial de melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde, bem como ampliar o acesso aos cuidados médicos, mas deve ser feita de forma responsável e em conformidade com as normas vigentes.

 

6. Mudança na cultura organizacional

A adoção bem-sucedida da transformação digital requer uma mudança na cultura organizacional das instituições de saúde. Isso inclui incentivar a inovação, investir em treinamento para funcionários e garantir que as decisões sejam orientadas por dados.

7. Uso eficaz de big data e análise de dados

O big data está revolucionando a área da saúde ao possibilitar diagnósticos mais precisos, medicina personalizada e prevenção de doenças. Com a análise de grandes volumes de dados clínicos, genéticos e de pacientes, os profissionais de saúde podem identificar padrões e tendências que levam a tratamentos mais eficazes e individualizados.

A gestão eficiente de recursos e logística em hospitais é uma das áreas que pode se beneficiar significativamente do uso do big data na saúde. Com a coleta e análise de grandes volumes de dados, os hospitais podem melhorar o planejamento, alocação e uso de recursos essenciais, como leitos, equipamentos médicos e equipe médica.

A pesquisa médica também se beneficia com a capacidade de acessar informações valiosas e avançadas, o que impulsiona a descoberta de novas terapias e medicamentos para melhorar a saúde e o bem-estar da população.

8. Custos de implementação e sustentabilidade

Os custos de implementação e sustentabilidade são desafios significativos associados à transformação digital na saúde. A adoção de tecnologia na saúde pode envolver gastos consideráveis em várias frentes, e garantir a sustentabilidade financeira dessas iniciativas é fundamental para o sucesso a longo prazo. Abaixo estão alguns aspectos relacionados a esse desafio:

  • Investimentos em infraestrutura: A transformação digital muitas vezes requer a aquisição e implementação de novas infraestruturas tecnológicas, como sistemas de registro eletrônico de saúde (Prontuário Eletrônico do Paciente – PEP), soluções de armazenamento em nuvem, hardware, software e redes de alta velocidade. Esses investimentos iniciais podem ser significativos e exigem um planejamento cuidadoso para garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente.
  • Desenvolvimento e personalização de sistemas: Muitas instituições de saúde podem precisar desenvolver ou personalizar sistemas e aplicativos digitais para atender às suas necessidades específicas. Isso também pode acarretar custos adicionais, principalmente se a instituição não tiver equipe técnica interna para realizar o trabalho, exigindo a contratação de fornecedores externos.
  • Treinamento e capacitação: A implementação de novas tecnologias na saúde requer treinamento adequado para os profissionais de saúde e funcionários administrativos envolvidos. Essa capacitação pode ser custosa, especialmente quando envolve grandes equipes e a necessidade de atualizações regulares para acompanhar a evolução tecnológica.
  • Manutenção e atualização contínua: Os sistemas digitais exigem manutenção regular e atualizações para garantir seu desempenho, segurança e conformidade com as regulamentações em constante mudança. Esses custos de manutenção podem se acumular ao longo do tempo e devem ser considerados para garantir a sustentabilidade a longo prazo.
  • Custos operacionais: A adoção de novas tecnologias na saúde pode impactar os custos operacionais das instituições. Embora a automação e a eficiência possam levar a economias em algumas áreas, outras podem exigir recursos adicionais para garantir a integração adequada e o suporte contínuo.
  • Retorno sobre o investimento (ROI): Medir o ROI é essencial para avaliar a eficácia da inclusão de tecnologia na saúde. Os gestores de saúde devem identificar e monitorar os indicadores-chave de desempenho (KPIs) relevantes para determinar se os investimentos estão proporcionando benefícios tangíveis e sustentáveis ao longo do tempo.

Para enfrentar o desafio dos custos de implementação e sustentabilidade, é fundamental realizar um planejamento estratégico detalhado, considerando todos os custos envolvidos, benefícios esperados e a capacidade financeira da instituição de saúde. Além disso, buscar parcerias com fornecedores confiáveis e investir na capacitação dos profissionais de saúde pode ajudar a otimizar os recursos e maximizar os benefícios da transformação digital na saúde.

9. Aceitação dos pacientes

Embora a tecnologia possa melhorar o atendimento ao paciente, nem todos os pacientes podem se sentir confortáveis ou confiantes ao interagir com dispositivos ou aplicativos digitais para questões relacionadas à saúde.

Enfrentar esses desafios requer um planejamento estratégico cuidadoso, colaboração entre os setores envolvidos e um compromisso contínuo em melhorar a saúde por meio da tecnologia de forma segura e eficiente.

A tecnologia como aliada da saúde

A tecnologia como aliada da saúde - Blog Lyncas

Como vimos, a tecnologia na saúde tem revolucionado o setor, trazendo benefícios significativos para pacientes, profissionais de saúde e instituições médicas. Através da transformação digital, observamos avanços que melhoram a qualidade dos cuidados, ampliam o acesso aos serviços de saúde, reduzem custos e impulsionam a pesquisa e inovação.

Entre os benefícios, destacam-se a melhoria na comunicação entre pacientes e profissionais de saúde, o acesso ampliado aos serviços médicos através da telemedicina, a otimização de processos administrativos e a personalização dos tratamentos com base em dados e inteligência artificial.

As principais tendências incluem a medicina de precisão, o uso de dispositivos vestíveis e sensores para monitoramento remoto, a utilização da inteligência artificial e aprendizado de máquina na análise de dados médicos, bem como a incorporação de realidade virtual e aumentada em treinamentos e terapias.

Ainda existem desafios a serem superados. A segurança de dados e a privacidade do paciente são preocupações cruciais na era digital. Além disso, a adoção de tecnologias pode ser desigual em diferentes regiões e instituições de saúde, exigindo um esforço para garantir a acessibilidade para todos.

Em meio a essas mudanças, é fundamental manter o paciente no centro de toda experiência de saúde. A tecnologia deve ser usada para aprimorar a relação médico-paciente, aumentando o engajamento e a participação ativa do paciente em seu próprio cuidado. Além disso, os profissionais de saúde devem se manter atualizados com as tendências tecnológicas e capacitados para utilizar as ferramentas digitais de forma ética e eficaz.

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Karin Petermann

Karin Petermann

Esposa, mãe de dois, escritora e aficcionada por livros. Trabalha com comunicação há 12 anos e é líder do Marketing e SDR da Lyncas. Ao conciliar os diferentes papéis, deseja que, com seu trabalho, consiga inspirar as pessoas a viver suas vidas de forma mais leve e harmônica.

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